GOVERNO ARGENTINO EXIGE A LIBERTAÇÃO DOS SEQUESTRADOS POLÍTICOS

O governador de Buenos Aires, Felipe Solá, afirmou estar "profundamente preocupado" com o novo desaparecimento e já se comunicou com o presidente Néstor Kirchner, segundo uma fonte da Casa Rosada comunicou à France Presse.
Segundo a mesma fonte, o líder argentino suspendeu uma viagem que faria à província de Santa Cruz para as festas de final de ano.
Solá ordenou uma operação conjunta da Polícia de Buenos Aires, da Polícia Federal e do Serviço de Inteligência do Estado (SIDE).
Calvo de Laborde disse que o pedreiro estava em uma casa da localidade de Escobar (40 km ao norte de Buenos Aires), onde ia jantar com os amigos. Ele decidiu ir a um açougue próximo e desapareceu.

Acusação

Gerez pertence ao grupo "piqueteiro" "Movimento Evita" e tinha testemunhado no Congresso contra Luis Patti, um ex-delegado envolvido com a repressão durante a ditadura militar. O testemunho do pedreiro impediu que Patti assumisse o mandato de deputado para o qual havia sido eleito.
Em seu depoimento, Gerez revelou que aos 16 anos foi detido e torturado em uma delegacia, numa ação que teve a participação de Patti. Ao ouvir López, a Câmara dos Deputados decidiu impedir a posse de Patti.
Ex-prefeito da cidade de Escobar, Patti é acusado de participar em 1983, no final da ditadura, do assassinato de dois dirigentes da organização armada Montoneros (peronistas de esquerda), Osvaldo Cambiasso e Eduardo Pereyra Rossi. O governo argentino admite que o novo sequestro foi executado pelo mesmo grupo que sequestrou o pedreiro Jorge López, 77, cujo testemunho foi vital para condenar Etchecolatz à prisão perpétua, desapareceu no dia 18 de setembro passado, provocando uma onda de protestos na Argentina.
O Presidente da República Nestor Kirschener exigiu q todos os esforços sejam realizados no sentido de resgatar os sequestrados e punir os sequestradores de forma exemplar.