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22.3.08

STJ ADIA DECISÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO DOS EUA NO GOLPE CIVIL-MILITAR BRASILEIRO DE 1964

"STJ adia decisão sobre recurso no caso JangoXEUA
Indenização 19/03/2008 - 22h15 STJ adia decisão sobre recurso no caso JangoXEUA RIO DE JANEIRO - O Superior Tribunal de Justiça adiou pela segunda vez a decisão sobre o recurso da família do ex-presidente João Goulart (1961-1964) que pede indenização aos Estados Unidos pela participação do país no golpe de 1964.A Terceira Turma do STJ não julga o mérito da questão, mas se ela pode ser analisada pela Justiça brasileira. Nesta terça-feira, o ministro Sidnei Beneti pediu vista, o que interrompeu a sessão.A família de Jango sustenta que a participação dos EUA no golpe de 1964 foi um ato de gestão entre um país estrangeiro e particulares, sem que o governo brasileiro tivesse conhecimento das articulações.O julgamento pelo STJ começou em setembro de 2007 e a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, considerou que os EUA praticaram ato de gestão. O ministro Humberto Gomes de Barros acompanhou o voto da relatora, mas o ministro Aldir Passarinho Júnior considerou a participação dos EUA no golpe como ato de império.Atos de império estão relacionados a questões de soberania, e, nesse caso, a ação não poderia prosseguir devido à imunidade jurisdicional.Como o resultado de um julgamento só pode ser proclamado com, no mínimo, três votos no mesmo sentido, o julgamento foi suspenso e remarcado para esta terça-feira, com a convocação de novos ministros.A viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza, e seus filhos João Vicente e Denise pedem indenização aos EUA por danos morais, patrimoniais e à imagem. Eles alegam que os EUA deram suporte financeiro, logístico e bélico ao golpe militar de 1964, o que teria sido confirmado em livro pelo embaixador dos EUA no Brasil à época, Lincoln Gordon.A família Goulart alega que após o golpe passou a sofrer perseguições, ameaças e dificuldades financeiras. A ação foi derrotada em primeira instância, quando a 10a Vara Federal extinguiu o processo, sem julgamento de mérito, por considerar a ação norte-americana como ato de império." FONTE: AGÊNCIA REUTERS

2 Comentários:

  • Parabéns pela postagem. Muito boa abordagem...

    Por Blogger Willian Batista, às 10:10 PM  

  • É triste quando, aos 30 anos de idade, um escritor-poeta, um sonhador e visionário, um amante e apaixonado pela vida... decreta a frase: "eu não mais confio na justiça brasileira". Fiz Direito, e o Direito que me pôs sempre ao lado dos miseráveis se calou diante das sujeiras todas...

    O Estados Unidos agiram como gestão e também como império, mas o ato de gestão foi implicíto se verificarmos que houve intenção daquele governo, em especial, em querer derrubar um outro governo que fora eleito de maneira Democrática. Os EUA naquele momento investiram contra nossa soberania, e não nós contra a deles, e fizeram isso de forma sorrateira, com um política bem definida e pública de "caça as bruxas"...

    Parabéns pelo post Neusah!!

    Por Blogger William Wollinger Brenuvida, às 10:11 PM  

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