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30.12.06

SADAM ENFORCADO NO IRAQUE!

Jornal O Rebate

Saddam Hussein acaba de ser enforcado no Iraque
FONTE: BBC/Londres

Saddam foi considerado culpado de crimes contra a humanidade
O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi executado por enforcamento na madrugada deste sábado, segundo informações da rede de TV al-Hurra.
Saddam havia sido condenado à morte por crimes contra a humanidade, devido à sua participação no assassinato de 148 pessoas, a maioria xiitas, na cidade de Dujail, em 1982.
No dia 5 de novembro, um tribunal em Bagdá condenou o ex-presidente à morte por enforcamento.
Em 26 de dezembro, após três semanas de deliberações, o Tribunal de Apelações do Iraque manteve a pena de morte e determinou que a sentença fosse cumprida em um prazo máximo de 30 dias.
O ex-presidente iraquiano foi preso pelas forças americanas no Iraque em dezembro de 2003. Saddam foi encontrado em um porão na cidade de Abduar, a cerca de 30 quilômetros ao sul de Tikrit. O comandante das forças americanas no Iraque, general Ricardo Sanchez, disse que Saddam foi capturado sem resistência e sem que um único tiro fosse disparado.

Decisão polêmica

A pena capital causou polêmica ao ser anunciada. A União Européia apelou para que Bagdá não executasse Saddam Hussein.
O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, disse que embora não desejasse minimizar os crimes cometidos pelo ex-presidente do Iraque, não podia deixar de "expressar a firme oposição do governo italiano - assim como a minha própria - à sentença de morte". A Itália participou da ocupação do Iraque como aliada dos Estados Unidos.
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, com sede nos Estados Unidos, disse que durante os dez meses de julgamento houve regularmente falhas na divulgação com antecedência de provas importantes para a defesa e que o direito básico dos réus de contestar as testemunhas de acusação foi violado.
O grupo também colocou em dúvida a imparcialidade do juiz que presidiu o caso e afirmou que houve importantes omissões nas provas produzidas para estabelecer as acusações.
O primeiro-ministro britânico Tony Blair enfatizou que a Grã-Bretanha se opõe à pena de morte, mas afirmou que o julgamento lembrou claramente como o governo de Saddam era brutal. A Grã-Bretanha tem a segunda maior presença militar no Iraque depois dos Estados Unidos.
O governo americano saudou a condenação à morte do ex-presidente Saddam Hussein. A Casa Branca disse que o veredicto é um marco nos esforços do Iraque para "substituir o poder de um tirano pelo poder da lei".
As leis iraquianas permitiram a execução de Saddam Hussein, embora ele fosse réu em outro julgamento, por genocídio e crimes contra a humanidade, devido ao assassinato de dezenas de milhares de curdos iraquianos durante a chamada Operação Anfal, em 1988.

29.12.06

URGENTE! PERSISTEM OS SEQUESTROS POLÍTICOS NA ARGENTINA!!!!



Fui acordada hoje por um telefonema internacional. Infelizmente não foi para desejar um Feliz Ano Novo. O jornalista amigo ligou da Argentina pedindo que eu divulgasse mais um seqüestro de testemunha-chave contra os torturadores da ditadura civil-militar Argentina.
Luis Gerez, um ex-militante da Juventude Peronista que denunciou ter sido torturado em 1972 por um repressor, atual dirigente político de direita, está desaparecido desde ontem à noite, denunciaram hoje seus familiares e organizações de direitos humanos da Argentina.
Gerez, 50 anos, saiu na quarta-feira às 20h30 locais de sua casa para comprar cigarros e carne perto do bairro onde reside, 40 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires, e não voltou, disseram familiares.
O ex-militante político vive no município de Escobar, onde denunciou o ex-prefeito Luis Patti de ter sido um de seus repressores.
Javier Bogel, porta-voz da Secretaria de Direitos Humanos da província de Buenos Aires confirmou que Gerez está desaparecido e que o Ministério do Interior iniciou uma "intensa busca" na região de Belém, Escobar, onde vive o ex-militante. A Secretaria de Direitos Humanos da Nação também expressou sua "preocupação" pelo desaparecimento de Gerez, informaram seus porta-vozes. Gerez foi testemunha-chave do julgamento parlamentar para impedir que Patti ingressasse como deputado nacional em 2005.
Em seu depoimento, Gerez afirmou reconhecer a voz de Patti entre os policiais que o torturaram em 1972 em uma delegacia de Escobar. Jorge Julio López, outra testemunha-chave do julgamento contra o ex-repressor Miguel Etchecolatz, está desaparecido desde 18 de setembro, poucos dias depois de depor sobre seu cativeiro em um centro clandestino de detenção durante a ditadura argentina.
Outro militante da Rede Solidária dos Filhos de Desaparecidos do Venado Tuerto, 350 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires, sumiu por 13 dias e reapareceu na terça-feira com uma cruz esvástica tatuada em seu peito e queimaduras em seu órgão genital.
O militante, Héctor Bustos, 35 anos, disse que seu desaparecimento ocorreu por "motivos políticos" e que foi seqüestrado por quatro pessoas "que pareciam policiais".
O juiz de Venado Tuerto, Hugo Perazzi, classificou o caso como "torturas" e o governo da província de Santa Fé, onde se localiza o município de Venado Tuerto, dispôs uma custódia especial para Bustos reapareceu na terça-feira com uma cruz esvástica tatuada em seu peito e queimaduras em seu órgão genital. O militante, Héctor Bustos, 35 anos, disse que seu desaparecimento ocorreu por "motivos políticos" e que foi seqüestrado por quatro pessoas "que pareciam policiais". O juiz de Venado Tuerto, Hugo Perazzi, classificou o caso como "torturas" e o governo da província de Santa Fé, onde localiza-se o município de Venado Tuerto, dispôs uma custódia especial para Bustos.
Acredito que devolveram Bustos com os sinais de tortura nazista, com a intenção de confundir a opinião pública. Que seriam grupos independentes, agindo por conta própria. Em vão porque na Argentina ninguém tem dúvida, que os seqüestros estão ocorrendo de forma organizada pela Operação Condor em sua fase quatro.
Não podemos aceitar passivamente esses fatos, ninguém sabe quem será o próximo. A denúncia é a arma para evitar que os seqüestros continuem. Até porque isso tende a se espalhar pelos demais países que participam da Operação Condor.
É fácil identificar esses países: é só ver os países onde os torturadores permanecem livres e exercendo inclusive vida pública. Pensemos naqueles que passarão pelos suplícios das torturas, pensemos nas famílias que perderam seus entes-queridos e não puderam sequer enterrar seus corpos....pensemos que enquanto esses genocidas não forem julgados por um tribunal e levados a cumprir suas penas na cadeia...todos que lutamos para construir uma sociedade justa e pelo respeito aos direitos humanos ....todos somos alvos desses facínoras. Que ainda se dão ao deleite de debochar da democracia e persistir cometendo os mesmos crimes. Eu pergunto: até quando permitiremos que continuem na “dolce far niente”? Porque Sadan vai p/ a forca e os torturadores latino-americanos (lacaios do imperialismo estadunidense) vão para os Palácios exercer mandatos?
Porque a ONU não faz nada? Será que um homem que barbarizou 30000 é diferente do que barbarizou 100000. ? Não acredito. Falar que um torturador, assassino é diferente do outro usando estatística é uma coisa burra...e viola não só a Declaração Universal dos Direitos Humanos....mas até os dez mandamentos da Lei de Deus.